Lição 4 - O Bem-aventurado Jesus

Avançando no estudo para conhecer Jesus por meio de seus ensinos e diálogos, chegamos ao Sermão do Monte, onde inicialmente analisamos as poderosas afirmações de Jesus nas Bem-Aventuranças, como Ele é o Bem-Aventurado, e como nEle também podemos ser.

LIÇÃO 4.2025BEM-AVENTURANÇASJESUSCONHECER JESUSSERMÕES

Thiago Souza

11/20/202512 min read

Texto Áureo

"1Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou‑se. Os seus discípulos aproximaram‑se dele, 2e ele começou a ensiná‑los, dizendo: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino dos céus. 4Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. 5Bem-aventurados os humildes, pois receberão a terra por herança. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. 7Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. 9Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino dos céus”. 11― Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vocês. 12Alegrem‑se e regozijem‑se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. O sal da terra e a luz do mundo 13― Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá‑lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. 14― Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca‑a no lugar apropriado e, assim, ilumina todos os que estão na casa. 16Da mesma forma, brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem a seu Pai, que está nos céus."

O Objetivo da Lição

Avançando no estudo para conhecer Jesus por meio de seus ensinos e diálogos, chegamos ao Sermão do Monte, onde inicialmente analisamos as poderosas afirmações de Jesus nas Bem-Aventuranças, como Ele é o Bem-Aventurado, e como nEle também podemos ser.

Introdução

Na imagem acima, vemos o quadro "O Sermão da Montanha" de Jan Brueghel, o Velho, datado de 1598. Dados do Getty¹, afirmam que ele "pintou esta cena festiva em uma fina placa de cobre. As cores vibrantes, os detalhes minuciosos e o acabamento semelhante ao esmalte da obra são acentuados pelo suporte de cobre rígido". Além disso, informam que: "Nesta pequena pintura, a figura de Cristo quase se perde em meio à densa multidão multicolorida. Identificado por uma auréola amarelo-pálida, Cristo está em um pódio rústico próximo ao centro da multidão. Ele apresenta seu sermão sobre as condições da bem-aventurança. Atrás de Cristo, seus discípulos prestam atenção absorta, mas muitos na multidão diversificada preferem socializar uns com os outros. Em primeiro plano, uma cigana enrugada lê a sorte e um vendedor oferece pretzels. À direita, abaixo de uma paisagem distante, um homem de sobretudo e chapéu escuro conduz duas mulheres em elegantes vestidos em direção à multidão."

Segundo me parece o pintor utiliza das ricas imagens e detalhismo em seu trabalho para descrever a sua própria sociedade indo a Jesus, no coração de seu ensino, no Sermão do Monte, e esboçando diferentes reações a Ele. A figura de Jesus mais reduzida na imagem ainda ocupa o centro junto com os seus discípulos atentos, evocando a ideia de Jesus e seus discípulos em meio àquele povo e àquele tempo. A mensagem de Cristo assim é comunicada e se espalha, encontra os discípulos sim, mas não encontra guarida em todos os corações.

Talvez Jan quisesse representar a aproximação entre o sagrado e o cotidiano, entre a mensagem do Cristo em seu sermão, que convoca a uma obediência que procede da sinceridade do coração temente a Deus, e a sociedade na qual estava inserido, em contraste. Talvez pretendesse falar dessa resposta que damos ao Sermão do Cristo, ou talvez ainda quisesse apenas dizer que em seu tempo o cristianismo era uma voz entre vozes, competindo pela atenção do público, com seus próprios interesses.

Independentemente, podemos ver o quadro como um retrato de que seja em que tempo for a mensagem tem sido pregada, o ensino do Cristo permanece, e que cada um que a contempla, seja em que sociedade for, ao lembrar do ensino dEle, deve ali identificar-se:

  • Quem é você diante de Jesus e do seu ensino?

  • Identifica quem Ele é e o seu chamado para nós?

  • Está com a multidão, indiferente ou curiosa?

  • Está como alguns, de passagem?

  • Ou como outros, cuidando que a piedade seja causa de algum tipo de lucro?

  • Observa oportunidades de encapsular seus próprios misticismos?

  • Ou ainda, cansado e partindo?

  • Iluminado ou obscurecido?

  • Chegando, ou partindo?

  • De frente, ou de costas?

  • Próximo, ou distante?

  • Afastado, ou caminhando com o Cristo no centro da História da Redenção que a Graça de Deus insistentemente conta por meio do ensino do Senhor Jesus que passamos a estudar?

Do que se trata o Sermão do Monte

Basicamente o Sermão do Monte, é a porção de texto que compreende Mateus 5-7. Nele, Jesus começa com as Bem-aventuranças, fala do Testemunho e do Cumprimento da Lei, o que inclui a revelação do SENHOR acerca de como o Antigo Testamento deve ser interpretado. Na sequência trata de temas como Oração, Socorro aos Necessitados, Jejum, Ansiedade por coisas terrenas e da necessária prioridade de se ter uma vida pautada pelo Reino de Deus e de valorizar as coisas que são pertinentes a ele. Fala ainda de como devemos tratar o próximo, dos benefícios da persistência na oração, da porta estreita e dos frutos que acompanham a vida da fé, concluindo com uma advertência acerca da necessidade de praticar essas palavras que Ele ensinou.

Como dito por Pennington², "Jesus está chamando as pessoas para reconsiderarem quem Deus é e o que ele deseja para suas criaturas. A mensagem de Jesus no sermão é que Deus é o nosso Pai que vê e se importa com o coração, não apenas com a religiāo e atos de justiça exteriores. Este ensinamento está enraizado e ecoa com a tradição profética, particularmente com Isaías e Jeremias, com uma pitada razoável de Daniel e dos profetas menores inseridos por boa medida. Há uma profunda continuidade entre as palavras de Jesus e o resto da Bíblia."

Nas palavras de Carson, "Não há lugar para formas de piedade que sejam apenas verniz e fingimento. O que se exige é perfeição. Jesus diz: “Sejam perfeitos como é perfeito o Pai celestial de vocês” (5.48)."

Carson³ nos explica que "O magnífico tema desses três capítulos é o reino do céu. Quanto ao significado, reino do céu é idêntico a reino de Deus (cf. Mt 19.23,24; Mc 10.23,24 etc.). A ideia de “reino”, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, é sobretudo dinâmica, e não espacial. Não se trata tanto de um reino com fronteiras geográficas; a ideia principal aqui é a de “domínio e autoridade do rei” ou soberania. Alguns se referem a esse “reino” como o reino mediador de Deus, porque a autoridade de Deus, sua soberania, é mediada por Cristo." E continua "No Sermão do Monte, não são todos os que entram no reino do céu, mas só os que são pobres em espírito (5.3), obedientes (7.21) e extraordinariamente justos (5.20). Esses três capítulos de Mateus tratam da entrada no reino (Mt 5.3,10; 7.21), que equivale a entrar na vida (7.13,14; cf. 19.14,16). Portanto, o reino do céu, nesse sentido restrito, é o exercício da soberania de Deus que tem ligação direta com seus propósitos salvíficos."

Assim, fazemos bem em entender esse Sermão já que buscamos viver como pessoas que pertencem a esse Reino dos Céus, como santos, salvos e fiéis, crentes debaixo do Senhorio de Jesus sobre todas as coisas.

O que significa ser "abençoado"?

A maioria das pessoas considera que ser abençoado significa ser alguém que recebeu uma bênção, geralmente de natureza religiosa. No cotidiano inclusive é comum associar a ideia de ser abençoado com possuir bençãos, e muitas vezes extrapolar o conceito de bençãos a posses materiais, filhos, um emprego, um cônjuge, em geral coisas que representem prosperidade, felicidade, fertilidade ou proteção. E embora algumas dessas coisas possam mesmo ser fruto da providência divina, o conceito bíblico de benção está na verdade atrelado a ideia de aprovação.

Como ensina Carson, "Ser “abençoado” significa, basicamente, ser aprovado, ter aprovação. Quando o homem abençoa a Deus, ele está aprovando Deus. É claro que ele não está fazendo isso como deferência, mas, sim, como um elogio, bendizendo e louvando a Deus. Quando Deus abençoa o homem, ele o está aprovando, e esse é sempre um ato de aproximação divina. Como esse é o universo de Deus, não pode haver bênção maior do que ser aprovado por ele. Temos de nos perguntar de quem é a bênção que buscamos com tanta diligência. Se a bênção de Deus significa mais para nós do que a aprovação dos nossos entes amados, por mais queridos que sejam, ou de colegas, não importa o quanto sejam influentes, então as bem-aventuranças falarão ao nosso coração muito profunda e particularmente".

Eis as bem-aventuranças (beatitudes)
  1. "3Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino dos céus." "A pobreza de espírito é o reconhecimento pessoal da falência espiritual. É a confissão consciente da própria indignidade diante de Deus. Portanto, é a mais profunda forma de arrependimento." ³ As bem-aventuranças começam então assim, demonstrando que pertencem efetivamente ao Reino àqueles que dele se aproximam com arrependimento e fé, reconhecendo que não são suficientes, apenas Deus pode salvá-los, integrá-los, redimi-los.

  2. "4"Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados." Quanto mais se aproxima de Deus, o verdadeiro crente torna-se mais consciente da pureza de Deus, e de sua própria pecaminosidade, ele chora diante de suas próprias dificuldades com o pecado, mesmo diante de tamanha bondade de Deus em seu favor. Além disso, ele também chora diante do pecado do mundo, e de toda a situação a que o mundo é levado por causa do pecado.

  3. "5"Bem-aventurados os humildes, pois receberão a terra por herança."  Humildes, nesse caso, ou mansos, como também já foi traduzido, significa "aquele que tem o desejo consciente de pôr os interesses do outro na frente dos próprios; diz respeito, portanto a seu relacionamento com Deus e com os outros" ³.

  4. "6"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos." Mais uma vez, "quem tem fome e sede de justiça tem fome e sede de viver conforme a vontade de Deus. É alguém que não está à deriva num mar de religiosidade vazia, muito menos à toa na vida distraído com banalidades. Em vez disso, todo o seu ser ecoa a oração de um santo escocês que clamava: “Ó, Deus, faz-me tão justo quanto um pecador perdoado pode ser!”. O seu prazer é a Palavra de Deus, pois onde mais se encontra claramente expressa a vontade de Deus à qual esse indivíduo tem fome de se conformar? Ele quer ser justo não apenas porque teme a Deus, mas porque a justiça é seu mais elevado desejo neste mundo." ³

  5. "7"Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia." Há importância em se definir a misericórdia, como "uma resposta amorosa induzida pela situação de infelicidade e completo desamparo daquele por quem se deve demonstrar amor. A graça responde ao que não tem merecimento; a misericórdia, ao angustiado e abatido. Nessa bem-aventurança, Jesus diz que nós temos de ser misericordiosos. Temos de ser compassivos e bondosos, sobretudo para com os aflitos e desamparados. Se não formos misericordiosos, não veremos a misericórdia." ³

  6. "8"Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus." Profundamente desafiadora, essa bem-aventurança não trata da obediência externa mas daquilo que se passa em nosso interior, em nosso coração. A Bíblia revela o nosso coração como onde reside o problema do pecado, e de onde o pecado e seus efeitos se espalham, contudo, ao mesmo tempo somos desafiados e vigiar pela pureza de nosso coração. Perceba que este é o padrão, e somos chamados a guerrear nessa parte, ao mesmo tempo em que essa pureza é o objetivo consumado do Evangelho. "Mas disso se conclui que o discípulo de Jesus que anseia pela consumação do reino em sua perfeição já está determinado a se preparar para ele agora. Sabendo que já está no reino, ele se preocupa com a pureza porque reconhece que o Rei é puro, e o reino em sua forma perfeita só admitirá pureza. Os puros de coração são abençoados porque verão a Deus. Embora isso só se concretizará completamente quando surgirem o novo céu e a nova terra, já é verdade mesmo agora. Nossa percepção de Deus e de seu agir, assim como nossa comunhão com ele, depende de nossa pureza de coração. A visio Dei — que incentivo à pureza!" ³ [4].

  7. "9"Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus." Esses são os que estabelecem a paz, e se esforçam por ela, nesse sentido imitam o próprio SENHOR. "Dentro de toda a estrutura da Bíblia, o maior pacificador é Jesus Cristo — o Príncipe da Paz. Ele estabelece a paz entre Deus e o homem removendo o pecado, que é o motivo do afastamento. Ele traz a paz entre o homem e seu semelhante removendo o pecado e conduzindo as pessoas a uma relação direta com Deus (veja especialmente Ef 2.11-22). Jesus deu ao tradicional cumprimento judaico um significado mais profundo quando, após sua morte e ressurreição, saudou seus discípulos com estas palavras: “Paz seja com vocês”" ³

  8. "10"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino dos céus”. "A bênção se restringe aos que sofrem perseguição por causa da justiça (cf. 1Pe 3.13,14; 4.12-16). Os crentes descritos nessa passagem são os que estão determinados a viver como Jesus viveu." ³

Essa última bem-aventurança conta com uma ampliação:

"11― Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vocês. 12Alegrem‑se e regozijem‑se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês."

Note que a perseguição, antes por causa da justiça, agora se resume a "por minha causa" (diz Jesus), o que esclarece ainda mais que Ele é aquele que cumpre toda a justiça. Nele a vontade de Deus é manifesta e mais plenamente revelada. Em todos os tempos, sofrer perseguição foi o sinal daqueles que, neste mundo caído, buscaram se conformar a vontade de Deus. Nesse sentido, essa bem-aventurança se torna mesmo o teste de todas as outras. "De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." (2Timóteo 3:12)

Além disso, note que tanto a primeira quanto a última bem-aventuranças oferecem a mesma recompensa, isso representa um inclusio [5], e indica que no fundo todas tratam disto, do Reino dos Céus, de como pertencer a Deus, viver uma vida que Ele aprove, o que só é possível por meio de Jesus. Com efeito, todos os que em Jesus estão veem Jesus como modelo cumpridor desses elementos de forma perfeita e são por Ele chamados a imitá-lo de forma a agradar a Deus. Bem-aventurado então é aquele que está em Jesus, e que em Jesus é aprovado por Deus para cumprir toda a Sua Vontade.

Na citação que Tiago, irmão do Senhor, faz desse Sermão em sua carta:

"Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam." (Tiago 1:12)

Aplicações Finais

Como dito, percebemos que Jesus é o verdadeiro Bem-Aventurado, Aquele que é inteiramente aprovado por Deus, O Filho que obedece o Pai perfeitamente em tudo o que é e faz, Ele é a mais perfeita expressão do ser de Deus, Ele é.

Não há nada que possamos fazer, por nossos próprios esforços, para agradar a Deus. Cristo, que satisfez e satisfaz a Deus em tudo, fez conosco uma Nova Aliança, por meio de Sua Morte e Ressureição, a fim de que nEle, nós também sejamos aceitáveis a Deus.

3Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. 4Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. 5Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 6para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. (Efésios 1.3-6)

Descansemos no SENHOR, e sejamos gratos a Ele, tendo em profunda consideração que nos salvou pela graça, teve misericórdia de nós, e fez/fará de nós bem-aventurados!

A Deus toda a Glória.

Notas

¹ Disponível em: <https://www.getty.edu/art/collection/object/103RG2>. Certamente há muito mais que se aprofundar quanto a essa obra, ao período quinhentista, ao estilo flamengo, seu significado e contexto. 

² Disponível em: <https://coalizaopeloevangelho.org/article/3-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-sermao-da-montanha/>

³ D.A. Carson, O sermão do monte: Exposição de Mateus 5—7 (Vida Nova)

[4] Carson: Naquele dia, quando o reino do céu se consumar, quando houver novo céu e nova terra onde habita somente a justiça, quando Jesus Cristo se manifestar, nós seremos como ele (1Jo 3.2). Essa é a nossa expectativa de longo prazo, nossa esperança. Com base nisso, João afirma: “Todo aquele que tem esperança nele [isto é, em Cristo] se purifica, assim como ele é puro” (1Jo 3.3). Em outras palavras, segundo João, o cristão se purifica agora porque puro é o que ele há de ser no final. Seu empenho presente condiz com sua esperança futura. O mesmo tema se repete de várias formas em todo o Novo Testamento. Em certo sentido, é claro, as exigências do reino não mudam: perfeição é requisito permanente (5.48). (O sermão do monte: Exposição de Mateus 5—7)

[5] A palavra inclusio é um termo em latim que significa "confinamento, cercado". A técnica literária de usar a inclusio estrategicamente informa aos leitores que tudo o que está incluído ou inserido entre os parênteses de abertura e fechamento de palavras repetidas ou temas paralelos apóia a ideia ou mensagem central da passagem. As inclusões ajudam a ilustrar a unidade, a correlação e a associação de algumas linhas de prosa, várias estrofes de um poema ou até mesmo de um livro inteiro. Conforme GotQuestions, disponível em: <https://www.gotquestions.org/Portugues/o-que-e-uma-inclusio.html>